Mineirão completa 500 jogos pós-reforma nesta quarta (19); confira todos os números
Cruzeiro e Fluminense fazem, nesta quarta-feira (19/06), no Mineirão, o 500º jogo do Gigante da Pampulha desde a reforma para a Copa do Mundo de 2014. O período, popularmente conhecido como Novo Mineirão, contempla a fase moderna do maior estádio Minas Gerais, administrado por uma Parceria Público-Privada (PPP).
Com as obras concluídas em dezembro de 2012, a nova arena receberia sua primeira partida oficial em 3 de fevereiro de 2013, vitória do Cruzeiro sobre o Atlético, por 2 a 1, pelo Campeonato Mineiro. Dali em diante foram dezenas e dezenas de partidas, de competições regionais a internacionais, de clubes e seleções, masculinas, femininas e categorias de base. O levantamento considera as partidas oficiais e amistosas, com súmulas.
O Cruzeiro é o maior protagonista desta história, em campo em praticamente duas a cada três partidas do Gigante. Já considerando o duelo desta quarta, pelo Campeonato Brasileiro, a Raposa soma 320 partidas como mandante, incluindo quatro jogos da equipe feminina e três do time sub-20.
O Atlético atuou no Mineirão 142 vezes como mandante desde 2013 e, o América, três. Principal casa da seleção brasileira masculina na era dos novos estádios do país, o Mineirão recebeu o Brasil em sete oportunidades, entre Copa das Confederações, Copa do Mundo, Copa América, Eliminatórias e um amistoso. A feminina jogou uma vez, pelo Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
As competições internacionais, aliás, fizeram com que o Gigante recebesse 19 jogos de seleções de outros países, no masculino e no feminino. O Mineirão, ao mesmo tempo, não esqueceu suas raízes e abriu as portas para outras seis partidas de equipes do interior de Minas, além da decisão da inédita Supercopa Rei de 2024 que, apesar de organizada pela CBF, teve oficialmente o Palmeiras como mandante, por ser o atual campeão brasileiro.
Visitantes
Por falar no Alviverde, a equipe paulista é a que mais esteve no Mineirão como visitante: 19 vezes, seguida de Flamengo (18), Athletico-PR (17), Corinthians (17) e Fluminense (16), já considerando o compromisso desta quarta. Dos times do interior mineiro, destacam-se Caldense e Tombense, que atuaram dez vezes no estádio cada um.
Dos estrangeiros, River Plate (ARG) e Cerro Porteño (PAR) foram os que mais estiveram na Pampulha neste período, três vezes cada. Depois da seleção brasileira, a atual campeã mundial Argentina é a seleção que mais jogou no Mineirão: quatro vezes, duas contra a seleção brasileira (Eliminatórias 2018 e Copa América 2019), uma contra o Irã, na Copa 2014, e uma contra o Paraguai, na Copa América 2019. Lionel Messi esteve em campo nesses quatro jogos e marcou dois gols.
As competições internacionais fizeram com que países de todos os continentes desfilassem seu futebol no Gigante. Um total de 25 nações tiveram seus hinos entoados no sistema de som do estádio, incluindo todos os países sul-americanos. Em termos de Brasil, jogaram por aqui times de 18 dos 27 Estados da federação. Nessas 12 temporadas, o Mineirão foi palco de 19 competições diferentes, viu 29 finais de torneios mata-matas e 23 taças sendo erguidas em seu gramado.
“É interessante notar como o Mineirão se tornou um estádio múltiplo, plural e democrático. Do jogo mais emblemático da história de todas as Copas do Mundo ao jogo de acesso do Athletic da quarta para a terceira divisão nacional. O estádio onde Messi, Neymar, Suárez, Ronaldinho Gaúcho, entre outros craques jogaram, também abriu espaço para a garotada da base e as meninas do futebol feminino, que ganham cada vez mais o merecido espaço”, ressalta o diretor do Mineirão, Samuel Lloyd.
Público
Nesses 11 anos e meio pós-reforma, o público total chega a quase 12,5 milhões de pessoas (12.448.211, precisamente), um quantitativo que supera a população de Portugal. A média de público do Novo Mineirão é de 30 mil torcedores por jogo – descontando as partidas sem público por conta da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021 –, quase o dobro antes da reforma, que era de 16 mil por partida. A capacidade atual é de 62 mil pessoas.
A final do Campeonato Mineiro deste ano, entre Cruzeiro e Atlético, é a recordista de público deste período, com 61.582 torcedores. Por acordo entre os clubes, havia apenas a presença de cruzeirenses. A maior renda é da semifinal da Copa América de 2019, entre Brasil e Argentina, com R$ 18,7 milhões arrecadados. Atlético e Olimpia, na decisão da Copa Libertadores de 2013, é a maior renda de clube da história do Mineirão, com R$ 14,1 milhões. Corrigindo esse número pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a valores presentes, a renda seria de R$ 26,4 milhões.
As redes do Gigante balançaram 1.281 vezes nesse período, média de 2,5 por jogo. Com 52 gols, Hulk, do Atlético, é o artilheiro isolado do estádio após a reforma. O uruguaio Arrascaeta tem 31 gols, 30 pelo Cruzeiro e um com a camisa do Flamengo.
Totais
Inaugurado em 1965, o Mineirão entra em contagem regressiva para os 60 anos de história em 5 de setembro de 2025. Do primeiro ao último jogo antes da reforma, em 2010, o Gigante recebeu 3.386 partidas, conforme registradas nas fichas datilografadas do Museu Brasileiro do Futebol (MBF). Com os 500 jogos de sua fase moderna, a casa do futebol mineiro chega a 3.886 partidas realizadas. O número total de gols chega 10.582.